IGP-M tem 4a queda seguida em junho, de 0,10%

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Por Redação
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O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou variação negativa pelo quarto mês consecutivo em junho, em ritmo ligeiramente superior ao esperado pelo mercado. Os custos no atacado aceleraram a queda devido aos produtos industriais e os preços no varejo subiram em ritmo menor por conta do fim do impacto de alguns reajustes, enquanto o setor de construção pressionou fortemente a inflação em razão de dissídios salariais. O indicador caiu 0,10 por cento em junho, seguindo a queda de 0,07 por cento em maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira. Analistas consultados pela Reuters previam uma queda de 0,02 por cento, segundo a mediana de 15 estimativas, que variaram de estabilidade a recuo de 0,05 por cento. Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) recuou 0,45 por cento em junho, ante declínio de 0,30 por cento em maio. O IPA agrícola passou de alta de 0,24 por cento no mês passado para 1 por cento neste. O IPA industrial, por outro lado, acelerou a queda para 0,92 por cento em junho contra recuo de 0,48 por cento. As principais quedas individuais de preços no atacado vieram de minério de ferro, adubos e fertilizantes compostos, óleo diesel, arroz em casca e óleo de soja bruto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,17 por cento em junho, ante elevação de 0,42 por cento em maio. Contribuíram para o arrefecimento no varejo as menores altas dos grupos Habitação, Saúde e cuidados pessoais e Despesas Diversas, refletindo o arrefecimento das pressões de, respectivamente, energia elétrica, cigarros e remédios. As principais quedas individuais no varejo foram de mamão papaia, tomate, cenoura, alface e tarifa de energia elétrica. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 1,53 por cento em junho, ante avanço de 0,25 por cento em maio, refletindo dissídios salariais que normalmente ocorrem nesta época do ano. (Por Vanessa Stelzer)

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