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Importação de commodities pela China fica robusta em 2013

Por FAYEN WONG
Atualização:

As importações chinesas de commodities subiram fortemente em 2013, com o carvão e o minério de ferro subindo mais de 10 por cento, mas os esforços para reformar a segunda maior economia do mundo já estão reduzindo o ritmo da demanda e devem se estender por este ano. Apesar dos números robustos apresentados na sexta-feira, o crescimento anual de importação de petróleo bruto, carvão e soja desacelerou acentuadamente a partir de 2012, enquanto Pequim restringiu o crédito para ajudar a transformar a sua economia dirigida por exportação e infraestrutura para uma expansão liderada pelo consumo. Condições mais apertadas de crédito, controles de propriedade, repressão ambiental na indústria pesada e promessas do governo para combater o excesso de capacidade vai reduzir o apetite por commodities em 2014, dizem analistas. "Achamos que o ambiente regulatório mais duro, tal como acontece com as repressões de financiamento e de poluição, vai ... amortecer o ritmo de importações em 2014", disse Helen Lau, analista sênior de commodities da UOB-Kay Hian em Hong Kong. A produção de aço chinesa já caiu drasticamente à medida que o governo intensifica sua luta contra a poluição do ar, prejudicando o apetite por minério de ferro e arrastando o preço da matéria-prima para um recorde de baixa no mercado de futuros domésticos. Ainda assim, qualquer desaceleração na demanda é improvável que seja drástica já que os principais líderes da China prometeram crescimento razoável em 2014, e fontes nos principais institutos de pesquisa e planejamento (think tanks) disseram à Reuters que esperam uma meta de crescimento de 7,5 por cento - o mesmo que em 2013. Dados divulgados na sexta-feira mostraram que o crescimento das exportações da China desaceleraram mais que o esperado em dezembro, devido a uma base de comparação mais elevada no ano anterior e repressão nas atividades especulativas disfarçadas de acordos de exportação, ficando abaixo da meta do governo para o comércio exterior. O governo chinês vai divulgar os dados do produto interno bruto do quarto trimestre em 20 de janeiro. Uma pesquisa da Reuters mostrou que um crescimento anual do PIB pode desacelerar para 7,6 por cento no quarto trimestre, colocando o crescimento de 2013 no caminho para ser o mais fraco em 14 anos.

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