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Incêndios causam prejuízos nos parques de Goiás

Por RUBENS SANTOS
Atualização:

O tempo seco e os ventos fortes provocaram 300 ocorrências graves de incêndios em Goiás, este mês. E destruiu parte da flora e da fauna dos parques estaduais.As ocorrências mais graves foram registradas no Parque Estadual Serra de Caldas Novas, no interior do Estado. O fogo destruiu 60% da área de 2.200 hectares do Parque. De acordo o Corpo de Bombeiro Militar de Goiás (CBM), as chamas destruíram metade da área em menos de quatro horas, disse o coronel Martiniano Gondinho, assessor de comunicação.Como a meteorologia prevê chuvas acima da média, a operação de combate aos focos perderá intensidade. Até hoje foram registradas 300 ocorrências de incêndios e um total de 2.590 ocorrências no ano. No ano passado, foram localizados 939 focos no mês de setembro, e 4.317 em 2010. O "setembro negro", com 959 focos de incêndios foi em 2007. Naquele ano foram registrados 4.545 focos entre os meses de janeiro a dezembro.DescuidoMesmo assim, os estragos são enormes. Outros parques, como o Parque ecológico Altamiro Moura Pacheco, em Goiânia, e a Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia (GO), também foram queimados. O fogo ainda arde e destrói a vegetação em Anápolis (GO), em 18 focos registrados à beira das estradas, no interior de fazendas, queimadas em matas, plantações e áreas de pastagensOs focos de incêndio ganham intensidade, todos os anos, entre os meses de julho e setembro, devido a baixa umidade, temperatura alta e capim seco no bioma cerrado. Boa parte da destruição começa por descuido. Pessoas invadem os parques para pescar ou caçar e lançam cigarros acesos na mata. "A maioria dos incêndios são criminosos", disse o coronel Gondinho.O incêndio que destruiu 30% da vegetação do Parque Estadual Terra Ronca, na semana passada, está sendo considerado criminoso. Localizado entre os municípios de Guarani de Goiás e São Domingos (GO), os bombeiros precisaram de três dias para apagar o fogo no parque, que abriga um sitio de cavernas.

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