Índices dos EUA acumulam piores resultados mensais no ano

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Por RODRIGO CAM
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Os principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta quinta-feira, com o índice-termômetro S&P 500 acumulando suas maiores perdas mensais desde setembro, derrubado por preocupações com os crescentes problemas da Europa relativos a crédito. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,21 por cento, para 12.393 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,23 por cento, para 1.310 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,35 por cento, para 2.827 pontos. No mês, o Dow Jones acumulou perda de 6,2 por cento, o S&P 500 recuou 6,3 por cento, na sua maior perda percentual desde setembro do ano passado, e o Nasdaq teve oscilação negativa de 7,2 por cento. Essas perdas acumuladas do Dow Jones e do Nasdaq foram as maiores em dois anos. Os papéis do Facebook atingiram, por sua vez, nova mínima intradia de 26,83 dólares, antes de mostrarem alguma recuperação e encerrarem em terreno positivo. A ação caiu em seis de suas nove sessões até agora. A Espanha esteve no centro dos últimos acontecimentos na Europa, com os mercados avaliando que Madri, mais cedo ou mais tarde, terá de pedir ajuda externa para recapitalizar os bancos do país. Um relatório, negado posteriormente, com possíveis planos de auxílio à Espanha e seus bancos em dificuldades, incentivou os índices a quase anularem suas perdas de 1 por cento no período da tarde. Participantes do mercado disseram que rebalanceamentos de final de mês também forneceram apoio às bolsas, já que administradores de fundos compraram mais ações para compensar o declínio no valor de papéis listados em maio. Entretanto, as contínuas preocupações com a Europa e uma série de dados desapontadores sobre a economia norte-americana exerceram peso sobre o mercado. A quantidade de pedidos de seguro-desemprego nos EUA cresceu pela sétima semana nas últimas oito, aumentando a ansiedade dos investidores na véspera da divulgação do relatório de balanços de pagamento do país. "A Europa é a principal questão, sem dúvida, mas há uma rede de proteção por conta dos dados sobre os Estados Unidos", avaliou o chefe de alocação de ativos do ING Investment Management, Paul Zemsky.

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