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Índios receberão R$ 1,8 mi de indenização no PR

Por Evandro Fadel
Atualização:

Os índios caingangues da Reserva Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra, a cerca de 350 quilômetros de Curitiba, vão receber R$ 1,8 milhão da Companhia Paranaense de Energia (Copel) como indenização pelos impactos econômicos, culturais e ambientais causados por uma linha de transmissão de energia que atravessa a terra indígena. Os valores foram definidos em reunião hoje no auditório da Universidade Estadual de Londrina, depois que os índios libertaram na noite de ontem três pessoas que eram mantidas reféns desde a semana passada. A reunião entre representantes da Copel, dos índios, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público Federal (MPF) deveria ter acontecido no dia 18. Os índios pediam R$ 3,5 milhões como indenização, enquanto a Copel oferecia R$ 1,1 milhão. Com a intenção de conversar para melhorar a proposta da Copel e elaborar um parecer sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a Funai pediu o adiamento da reunião. No entanto, os índios não foram avisados e encontraram as portas fechadas.Revoltados, eles decidiram pegar os reféns para forçar a realização de nova reunião. Na quinta-feira foram retidos os irmãos Valmiron Quintanilha e José Almir Quintanilha, funcionários de uma empresa terceirizada da Copel, que tinham ido fazer um trabalho rotineiro na reserva. No dia seguinte, o antropólogo da Copel, Alexandre Húngaro da Silva, foi tentar libertá-los e também acabou como refém.

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