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Indústria de carne suína vê melhora dos preços externos em 2013

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Por Redação
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A indústria de carne suína prevê um aumento moderado no volume exportado pelo Brasil em 2013, mas crescimento mais expressivo nos preços externos, pela perspectiva de demanda e expectativa da entrada em novos mercados, informou a associação que reúne o setor nesta sexta-feira. "Iniciamos 2013 com o pé direito. Esperamos um bom ano, melhor que 2012, sem a forte crise que atravessamos no meio do ano passado", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). O setor enfrentou aumento de custos em meados do ano passado, depois que os preços de grãos, principal insumo da alimentação animal, dispararam no mercado internacional. Levantamento da associação indica que o Brasil exportou 581,5 mil toneladas de carne suína, com faturamento de 1,49 bilhão de dólares, crescimento de 12,60 por cento em volume e de 4,21 por cento em valor ante 2011. Segundo a Abipecs, o preço médio, de 2.571 dólares registrado em 2012 foi 7,45 por cento menor ante 2011. Diante destes números, a associação informou que inicia 2013 otimista com o cenário para o setor. "Acreditamos em preços médios superiores, não só devido à recuperação das cotações em nível internacional, mas também em função de acesso a mercados externos que pagam mais", disse Camargo Neto. "Queremos ver maiores volumes para a China continental do que para Hong Kong, mais vendas para a Rússia do que para a Ucrânia", acrescentou. Mas ele ponderou que a indústria não espera grande crescimento do consumo interno, mas vê incremento semelhante ao do ano anterior nas vendas externas, acima de 10 por cento. Segundo Camargo Neto, os países que concorrem com o Brasil nas exportações de carne suína, como os da Europa, os Estados Unidos e o Canadá, também sofreram o forte impacto da alta dos insumos, seja pelo milho ou farelo. "Estão todos realizando ajustes de produção e se sentem obrigados a forçar aumentos de preço", explicou, lembrando que atualmente o Brasil é beneficiado pelo câmbio mais favorável às exportações. MERCADOS "Acreditamos ser possível concluir a habilitação para vender ao Japão ainda no primeiro trimestre. As questões técnicas estão concluídas e o que falta agora é finalizar os trâmites burocráticos, que sofreram pequeno atraso com a mudança de governo no Japão", diz Pedro de Camargo Neto. Sobre o embargo parcial russo aos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, o executivo disse que espera ver a questão equacionada na próxima semana, depois das reuniões entre o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Enio Marques Pereira, e o diretor da Rosselkhoznadzor (autoridade fitossanitária russa), Sergey Dankvert, em Berlim. Em 2012, os principais mercados para a carne suína brasileira foram: Ucrânia, com participação de 23,85 sobre o total exportado pelo Brasil; a Rússia (com 21,85 por cento); Hong Kong (com 21,45 por cento). (Por Fabíola Gomes)

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