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Internet entra em cena para melhorar audiência da festa

Ferramentas como facebook e twitter ajudaram a movimentar a noite da Academia

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Por Redação
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ANFITRIÕES ENGRAÇADOS - Steve Martin (E) e Alec Baldwin (D): óculos 3D na hora de falar de James Cameron e seu Avatar

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LOS ANGELES

Antes mesmo de o primeiro envelope revelar o primeiro ganhador do Oscar na noite de ontem, o presidente da Academia de Artes e Ciências de Hollywood, Tom Sherak, já esfregava as mãos de felicidade. "Nunca vi tantas pessoas discutindo sobre o vencedor de melhor filme como neste ano", disse ele, confirmando como acertada a medida de estipular dez (e não mais cinco) produções como candidatas à estatueta mais importante do ano. "Os longas voltaram a ser relevantes."

De fato, a modificação ampliou o leque de opções e, por extensão, engrossou os debates. Independentemente do vencedor, essa era a situação aguardada por Sherak. Depois de anos sofrendo com a crescente indiferença na audiência de TV, a cerimônia do Oscar foi acompanhada ontem não apenas na tela pequena mas também por novas ferramentas da internet como facebook e twitter que, sob a chancela de patrocinadores que engordaram os cofres da Academia, promoveram concursos e discussões à medida que a cerimônia acontecia. Com dez opções na escolha do filme, não faltou polêmica.

Avanços tecnológicos, aliás, prometem esquentar a premiação dos próximos anos, especialmente se depender de James Cameron. Diretor de Avatar, ele se queixou da indiferença ao trabalho de atores do seu filme, que, embora sofram modificações dos efeitos especiais, contribuem para a qualidade do filme. A reclamação veio por conta da ausência de indicação para Sigourney Weaver, Sam Worthington e Zoe Sandaña, o elenco principal de Avatar, que são vistos boa parte do filme modificados pela computação gráfica. "A emoção do personagem é transmitida pelo ator e não por nenhuma máquina", disse o diretor.

Los Angeles, na verdade, parecia modificada por efeitos especiais no fim de semana, tamanha a quantidade de astros que já circulavam por hoteis e restaurantes. No sábado, por exemplo, o hotel Mondrian, em Sunset Boulevard, foi palco de três coletivas de imprensa.

Na mais disputada, que contou inclusive com a presença de Antonio Banderas na plateia, a espanhola Penélope Cruz contou que ainda não sabe o que lhe passava pela cabeça quando ganhou o Oscar de coadjuvante no ano passado, por Vicky Cristina Barcelona. "Só me lembro que estava muito nervosa pois era apontada como favorita, o que era um peso muito grande", disse ela, que ainda tinha três festas pela frente, a mais importante uma beneficente organizada pelo produtor Harvey Weinstein e a marca Mont"Blanc, que reuniria o elenco de Nine.

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Penélope Cruz pretendia se encontrar ainda com o diretor Pedro Almodóvar, que estava em Beverly Hills participando de um evento da Sony. E enquanto os candidatos sul-americanos ao Oscar de filme estrangeiro, o argentino Juan José Campanella (O Segredo de Seus Olhos) e a peruana Claudia Llosa (A Teta Assustada), comentavam sobre suas possibilidades, uma bela mulher protegida por óculos escuros ignorava o burburinho - no lobby do hotel, sem ser importunada, a atriz Susan Sarandon observava, desatenta, as colinas de Hollywood, como se nada acontecesse. U.B.

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