
30 de dezembro de 2012 | 11h20
Cerca de 350 mil acionistas vão dividir o prejuízo do resgate do banco europeu, muitos deles clientes do banco que compraram ações através de uma agressiva campanha de marketing para a sua entrada na bolsa em 2011.
Ações do banco, resgatado em maio durante a maior ação bancária do tipo da Espanha, caíram, atingindo seu nível mais baixo na sexta-feira, desvalorizando mais de 40 por cento desde o começo da semana, depois que ele divulgou que perdas com os empréstimos ruins foram piores do que o esperado.
"Ir aos tribunais e ver se um juiz pode fazer justiça para nós é o único caminho que nos resta", disse Maricarmen Olivares, cujos pais perderam 600 mil euros (793,300 dólares) que eles arrecadaram com a vendada oficina mecânica do seu pai e investindo em ações preferenciais do Bankia.
Nenhum dos dois principais partidos políticos quer forçar uma investigação completa sobre o fim do Bankia, que poderia atrair a atenção para seu próprio papel, em um desastre que levou a Espanha à beira de um resgate internacional, dizem os comentaristas.
"As investigações funcionam quando um partido político tem algo a ganhar em detrimento de outro. Neste caso, ninguém tem nada a ganhar", disse Juan Carlos Rodriguez, da firma de consultoria Analistas Socio Políticos.
"Não vejo os grandes partidos investigando isso, porque se foram cometidos erros, eles foram cometidos pelos dois lados".
O Partido Socialista estava no poder quando o Bankia foi formado em 2010, a partir de uma combinação incompatível de sete bancos de poupança regionais, uma união que concentrou uma insustentável exposição para o falido setor imobiliário.
(Reportagem de Sonya Dowsett)
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