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Investimento empresarial deve crescer em 2013, diz FGV

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Por Redação
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As empresas planejam elevar os investimentos em 2013 após um número maior do que esperado ter reduzido neste ano os desembolsos em capital fixo, mostrou a Sondagem de Investimentos da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada nesta quinta-feira. A retração nos investimentos tem limitado a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) e o governo vem adotando medidas para estimular os gastos das empresas para tentar acelerar o ritmo de crescimento da economia. De acordo com a FGV, cresceu o número de empresas que programam aumentar os investimentos em capital fixo em 2013 para 50 por cento do total, contra 43 por cento em 2012. Do total, 15 por cento projetam redução, contra 28 por cento em 2012. O resultado é também melhor que as previsões feitas no final do ano passado em relação a 2012, quando 50 por cento das empresas esperavam aumentar os investimetos e 17 por cento previam reduzir. "As empresas estão otimistas. Há expectativa de correção no investimento por ter havido uma postergação esse ano", afirmou o economista da FGV, Aloisio Campelo. Apesar disso, o percentual de empresas que projetam expandir os investimentos em 2013 ainda está abaixo de 2011, quando 54 por cento reportaram aumento e 20 por cento queda. A pesquisa mostrou ainda que a maior parte, 32 por cento, prevê crescimento nos investimento entre 5,1 e 10 por cento. Uma alta superior a 20 por cento foi projetado por 26 por cento das empresas. Expansão entre 10,1 e 20 por cento foi prevista também por 26 por cento dos informantes. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou a quinta retração trimestral seguida no período de julho a setembro, ao cair 2 por cento. Essa foi a queda trimestral mais forte desde o primeiro trimestre de 2009, quando despencou 11,9 por cento por conta do auge da crise internacional. O desempenho ruim dos investimentos afetou o PIB no terceiro trimestre, que cresceu apenas 0,6 por cento. Segundo a FGV, há perspectiva de mais investimentos nos segmentos de duráveis, não duráveis e bens de capital, em contraste com o segmento de intermediários, com previsão menos otimista para 2013. "Como há perspectiva de aceleração da economia, há espaço para recuperar os investimentos em bens de capital", afirmou Campelo. "Mas os bens intermediários tem sofrido com produtos importados", emendou. O levantamento mostrou que 71 por cento das empresas esperam ampliar a receita dos seus negócios no ano que vem contra o número de 69 por cento neste ano. Em 2013, segundo o levantamento, apenas 6 por cento dos empresário devem reduzir a receita ao passo que a previsão para 2012 era de 8 por cento. A pesquisa teve a participação de 936 empresas, responsáveis por vendas de 561 bilhões de reais, segundo a Fundação. (Reportagem de Tiago Pariz, em Brasília, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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