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Investimentos da Petrobras em 2009 devem repetir 2008--Barbassa

Por MARCELO TEIXEIRA
Atualização:

A Petrobras deve manter em 2009 o mesmo patamar de investimentos deste ano, de cerca de 50 bilhões de reais, e vai priorizar no seu novo plano de negócios projetos que gerem caixa mais rapidamente. "É um elemento novo na revisão do plano de negócios. É natural na atual situação focar projetos que possam gerar caixa", afirmou a jornalistas e investidores nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa. "Temos projetos em excesso, uma infinidade de projetos, ao contrário de outras petroleiras. Então vamos priorizar os que possam gerar caixa mais rapidamente, mas não vamos interromper o que já está em andamento", disse ele. Para complementar o caixa do ano que vem e atingir a meta de investimentos, Barbassa afirmou ser possível que a Petrobras capte no mercado um valor entre 5 e 10 bilhões de dólares, mesmo no ambiente atual. "Não vejo como impossível captar esse valor", afirmou, sem detalhar quais seriam as modalidades de financiamento. Questionado sobre se os projetos das novas refinarias e do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), por exemplo, poderiam sofrer atrasos devido à nova diretriz, Barbassa afirmou que os detalhes ainda estão sendo discutidos e que não há definição sobre o que sai e o que fica. "Isso ainda não foi colocado na mesa". O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou no início de novembro que obras já iniciadas, como o Comperj e a refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, não seriam alteradas. Segundo Barbassa, o novo plano de negócios da empresa para o período de 2009 a 2013, que seria divulgado em outubro, mas que está passando por uma reavaliação devido à crise, ainda não tem data para ser divulgado. "A expectativa é de que saia antes do final do ano". SEM PLANOS DE RECOMPRA Barbassa afirmou que outra fonte importante de financiamento é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Eles já financiam alguns dos nossos projetos e estamos constantemente em negociação com o BNDES". Sobre a possibilidade de a Petrobras realizar algum plano de recombra de ações, aproveitando o baixo valor relativo dos papéis nesse momento, ele descartou. "Seria uma excelente oportunidade, mas nossa política estabelece a recompra quando há excesso de caixa, e nesse momento, pelos nossos investimentos, não temos excesso e nenhum plano de fazer recompra". (Edição de Denise Luna)

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