IPT aponta falha em obra de escavação do Metrô-SP

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apontou falha do Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô (Luz-Vila Sônia), ao não ter fechado preventivamente o trecho da Rua dos Pinheiros para o trabalho de escavação do shield (conhecido como tatuzão). O geólogo Wilson Iyomasa, indicado pelo IPT para fazer um laudo ao Ministério Público Estadual sobre as causas do buraco que surgiu entre as Ruas Fradique Coutinho e Mateus Grou, afirma que ?o certo seria ter fechado antes o trecho da rua, principalmente quando o shield escavava a apenas 13,5 metros de profundidade em um terreno ruim, com uma camada de 12 metros de solo arenoso e meio mole?. ?O shield consegue avançar 15 metros por dia. Portanto, seria mais prudente fechar o trecho da rua em que ele operava mais próximo da superfície por dois ou três dias do que correr o risco da abertura de um buraco na região?, disse. Iyomasa, que vistoriou ontem o local, lembra que a operação do shield nesse tipo de terreno ?ruim? é pioneira no País. Engenheiros do Via Amarela utilizaram ontem um equipamento chamado georradar para avaliar as condições do terreno. Embora não tenham admitido a existência de novas bolhas, eles aplicaram cimento em vários pontos da Rua dos Pinheiros para consolidar o subsolo. O geólogo ressalta que a abertura do buraco ocorreu quando o shield operava o mais próximo possível da superfície, quando a máquina se aproxima da estação a ser construída. ?Mas não existe risco de o buraco avançar ou de novos incidentes no local.? O diretor de contrato da Via Amarela, Márcio Pellegrini, disse que o consórcio fez um trabalho preventivo na área. Mas afirmou ser impossível prever com exatidão a localização de áreas vazias. ?Em nenhum lugar do mundo existe um mapeamento 100% seguro. Sempre que se detecta alguma anomalia, se intervém.? Segundo ele, o consórcio foi ?pego de surpresa? com o incidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.