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Iraquiano casado com 5 mulheres estimula filhos à poligamia

Ghalib al Lahibi está há 47 anos casado com 5 mulheres é pai de 58 filhos, sendo 28 meninos

Por Efe
Atualização:

Ghalib al Lahibi, um iraquiano de 47 anos casado com 5 mulheres e pai de 58 filhos, conta com orgulho sua história e aconselha os 28 descendentes homens a casarem-se com quantas mulheres quiserem.   No salão de uma de suas quatro casas, onde vivem suas cinco mulheres, Lahibi lembra em entrevista à Agência Efe como foi o começo, no primeiro casamento em 1979: "eram tempos cheios de felicidade".   Ele confessa que em sua vida polígama nem tudo são flores. Além das cinco esposas atuais, Lahibi foi casado com outras seis mulheres - três morreram e das outras três ele se divorciou.   Os momentos amargos, no entanto, não o fizeram mudar de ideia e ele continua como um defensor da poligamia, costume que diz ter herdado do pai.   "Antes da morte de meu pai, há 20 anos, ele pediu que me casasse mais de uma vez para que a família aumentasse e eu respondi que atenderia seu desejo" disse Lahibi, quem vive na localidade de maioria sunita de Shurqat, a 280 quilômetros ao norte de Bagdá.   Pelo que parece, seus conselhos foram aceitos e alguns de seus filhos estão seguindo seus passos.   "Sou feliz pelo fato de meu filho Yunis e outros estarem vivendo com várias mulheres", confessou Lahibi, que não detalhou quantos de seus filhos são polígamos nem com quantas mulheres estão casados.   Lahibi, que administra uma concessionária de automóveis, e que têm 24 netos, afirma que construiu uma mesquita privada para todos rezarem e onde se reúnem para discutir assuntos de família.   Embora não esconda os problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, ele diz que está capacitado tanto físico como psiquicamente para continuar vivendo assim.   "A poligamia é uma renovação da existência. Ter várias mulheres ao mesmo tempo é um bom caminho para se aventurar", sustenta.   Os casamentos com mais de quatro esposas são incomuns no mundo islâmico, já que o Islã estipula que um homem pode casar com quatro mulheres ao mesmo tempo, embora com a difícil condição de ser igual e justo com todas elas.   Em muitos casos, a situação econômica também se transforma em um sério impedimento para que muitos homens sejam polígamos.   Não assim para Lahibi, quem afirma "que sua família consome uma tonelada de pão por mês, além de uma grande quantidade de carne, arroz, açúcar e outros tipos de alimentos".   Lahibi assegura que apesar das diferenças entre e com as onze esposas com as quais conviveu, a justiça foi definitiva para solucionar os problemas surgidos na vida conjugal.   "Tradicionalismo, respeito mútuo e justiça no tratamento são os principais elementos que imperaram em nossas relações", ressalta com orgulho o pequeno empresário.   Para cada uma de suas mulheres ele reserva um dia por semana, de acordo com os preceitos do Islã, e não descarta contrair um novo casamento.   A última esposa de Lahibi comentou, com um amplo sorriso, que não se opõe se ele decidir voltar a casar.   Iraque, um país multiétnico e multicultural com 26 milhões de habitantes, vive ainda as consequências da invasão americana desde 2003, da violência sectária entre 2006 e 2007 e que acabou com a vida de milhares de pessoas e empurrou outros milhões a abandonar o país.   Durante a guerra entre Iraque e o Irã, entre 1980 e 1988, o regime de Saddam Hussein estimulou os iraquianos a se casarem com várias mulheres para compensar as baixas durante o conflito.   Esta não parece ser a causa que levou Lahibi a romper as normas sociais e religiosas para contribuir com o aumento exponencial dos membros de sua família.

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