O procurador-geral de Israel, Menachem Mazuz, acusará o ex-presidente do país Moshe Katsav de estupro e outras ofensas sexuais contra funcionárias enquanto atuava como presidente e ministro do Turismo, informou o Ministério da Justiça em um comunicado. Mazuz também acusará Katsav por obstrução da Justiça, ainda segundo o documento. Katsav renunciou em junho de 2007 após ter sido culpado por atos indecentes contra uma funcionária. Outra empregada também o acusou de estupro. A primeira acusação de estupro contra Katsav foi registrada em 2006, depois que o ex-presidente denunciou estar sendo chantageado por uma de suas ex-subordinadas. Após o incidente vir a público, outras mulheres denunciaram ter sofrido assédio sexual por parte de Katsav, o que obrigou o ex-líder a deixar a presidência em julho de 2007. Shimon Peres sucedeu Katsav. As investigações continuaram e Katsav conquistou um acordo extrajudicial com a Promotoria para aceitar as acusações de assédio sexual e indenizar as vítimas, em troca da anulação do crime de estupro, punido com a prisão em Israel. Em abril de 2008, no entanto, Katsav rejeitou o acordo judicial e assegurou que preferia ir a julgamento para lutar por sua inocência e pela verdade e para "pôr fim à perseguição" à qual supostamente estava sendo submetido. O procurador-geral de Israel anunciou então que a nova ata de acusação contra o ex-presidente seria mais dura que a negociada no acordo extrajudicial.