Itália diz que Sawiris é bem-vindo para investir na Telecom Italia

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Itália não levantaria objeções para um investimento do magnata egípcio Naguib Sawiris na Telecom Italia se ele estiver preparado para injetar dinheiro no negócio, disse uma autoridade do governo nesta quarta-feira. "Investidores que trazem dinheiro são bem-vindos", disse o ministro interino da Indústria, Antonio Catricalà, para repórteres nos bastidores de uma conferência em Roma, em resposta a comentários recentes de Sawiris de que tem interesse no ex-monopólio estatal de telefonia. A Telecom Italia, controlada pela espanhola Telefónica com outras três companhias financeiras italianas, está executando um plano de 4 bilhões de euros (5,5 bilhões de dólares) para cortar dívidas e financiar investimentos conforme busca reverter anos de lento crescimento. Nos últimos dias, o bilionário egípcio disse à mídia que ele está preparado para investir na companhia italiana sob a condição de que a Telefónica saia dela. Sawiris também disse que está interessado em fazer uma oferta pela preciosa unidade brasileira da Telecom Italia, a TIM Brasil. Ele disse que não há negociações em curso. Em um e-mail à Reuters nesta quarta-feira, Sawiris disse em vez de vender ativos, a Telecom Italia deveria cortar a dívida por meio de um aumento de capital que ele estaria preparado para subscrever se houvesse a saída da Telefónica. Ele afirmou também que a empresa italiana deveria manter a TIM, sua principal fonte de crescimento, mas se a companhia decidir vendê-la, ele estaria interessado em fazer uma oferta. Patuano, que assumiu a direção da Telecom Italia em outubro depois que a Telefónica concordou com uma aquisição gradual de sua rival italiana, já afirmou que a TIM Brasil é um ativo estratégico que só pode ser vendido a um preço convincente. A possibilidade de uma venda da TIM Brasil teve início com problemas antitruste no país depois que a Telefónica ampliou sua fatia indireta na Telecom Italia para 15 por cento. (Por Alberto Sisto e Danilo Masoni)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.