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Jobim admite remanejar militares de tropas no Haiti

Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje, no Acre, que o Exército brasileiro poderá reduzir o número de militares de infantaria que participam da missão de paz no Haiti para aumentar o pessoal do Batalhão de Engenharia naquele país. Jobim disse que a decisão de prorrogar por mais um ano a presença de tropas brasileiras no Haiti já era esperada. "Quando estivemos no Haiti, vimos que, se não fosse prolongado o mandato (da missão de paz), as coisas voltariam à situação anterior." Jobim explicou que "o que se vai discutir - e isso é uma discussão interna - é uma eventual mudança do perfil da tropa, ou redução do número de militares de infantaria para aumento do pessoal do Batalhão de Engenharia." Acrescentou que, se for preciso, vai pedir autorização do Congresso para isso. "Não se descarta a hipótese de que, havendo necessidade, se mantenha o mesmo número de militares de infantaria e, eventualmente, se discuta o aumento do efetivo com pessoal de Engenharia. Aí, precisamos de autorização do Congresso. Eu creio que, se for necessário, terei condições de negociar com o Congresso, tranqüilamente, essa questão." O ministro reiterou que é favorável ao aumento do pessoal de engenharia no Haiti para atender às necessidades de infra-estrutura na área de atuação da missão de paz. Lembrou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, ao participar de dois dias de visita à região de fronteira do Brasil, elogiou o trabalho dos batalhões de engenharia. A uma pergunta sobre a possibilidade de atuação das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro, Jobim informou que ainda não está concluído o estudo que os militares estão realizando sobre a possibilidade de mudanças de regras jurídicas para permitir essa atuação.

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