18 de agosto de 2011 | 19h43
O juiz Alexandre Abrahão, titular da 1ª Vara Criminal de Bangu, está ameaçado de morte depois da condenação de 50 policiais envolvidos com a máfia dos caça-níqueis. Recentemente, órgãos de segurança alertaram o Tribunal de Justiça do Rio sobre um suposto plano para assassinar o juiz, que teve sua segurança reforçada. Apesar da reação de perplexidade do CNJ com a morte de Patrícia Acioli, o convívio dos magistrados do Rio com a insegurança não é novidade. Há quatro anos, o juiz da 2ª Vara Criminal de Valença, Claudio Gonçalves Alves, teve o carro incendiado. Ele atuava em processos que resultaram na condenação de traficantes de drogas. Os autores do ataque nunca foram identificados.
Depois da morte de Patrícia, vários juízes questionam os critérios da Diretoria Geral de Segurança Institucional (DGSEI) do Tribunal de Justiça do Rio para conceder escolta policial. A juíza titular da 40ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio e integrante da Comissão de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros, Renata Gil de Alcântara Videira, disse que falta transparência nos critérios para conceder proteção aos magistrados. "Os juízes desconhecem os critérios. Por isso, no caso do atentado que vitimou nossa colega, não sabemos sequer se a falha foi específica ou se é uma questão estrutural".
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