Julgamento do goleiro Bruno é adiado para 2013

Juíza concordou com o pedido da defesa em desmembrar o processo, alegando que precisa se inteirar do caso

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Por Redação
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CONTAGEM - Depois de uma série de tentativas de manobra, a defesa do goleiro Bruno Fernandes conseguiu adiar seu julgamento para 2013, em data que ainda vai ser definida pela Justiça. Ele é acusado do sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, e estava sendo julgado desde segunda-feira, 19, junto com outros quatro acusados de envolvimento no crime.

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A juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, concordou em desmembrar o processo a pedido do advogado Lúcio Adolfo, que foi incluído nesta quarta-feira, 21, no grupo responsável pela defesa do jogador. Ele pediu o adiamento com a alegação de que precisa se inteirar do processo, composto por quase 15 mil páginas.

Na terça-feira, 20, Bruno já havia destituído seu principal advogado, Rui Caldas Pimenta, em ato que um dos próprios defensores do goleiro, Francisco Simim, admitiu ser manobra para tentar adiar o julgamento. No entanto, como Simim já conhecia o caso, Marixa decidiu desmembrar o processo em relação à ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo. Ela é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê que Eliza teve com Bruno, mas está em liberdade e a magistrada seguiu o preceito legal de que réus presos têm prioridade para serem julgados.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos ainda fez uma longa explanação criticando a manobra da defesa de Bruno, apontado pela acusação como mentor do crime e acusado pelo promotor de ser "manipulador", mas a juíza concordou com o pedido dos advogados para evitar o risco de ter o julgamento anulado por instâncias superiores da Justiça.

Com isso, o julgamento, que inicialmente seria de cinco réus, passou a ser apenas do braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e de uma ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Dayanne já haviam sido excluídos do processo e devem ser julgados junto com Bruno.

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