Julgamento sobre amianto não chega a consenso, ação da Eternit avança

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Por Redação
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O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar da produção e uso do amianto, fibra mineral usada na construção civil, terminou empatado na quarta-feira e sem previsão de data para ser retomado. O STF começou a analisar ações contra leis estaduais que proíbem a extração, industrialização, utilização e comercialização do asbesto/amianto crisotila (asbesto branco) e de produtos que o contenham em São Paulo e no Rio Grande do Sul, mas a sessão foi encerrada quando o placar registrou empate de 1 voto a 1, segundo informações da Agência Brasil. A sessão se estendeu até as 21h45 e só foi suspensa porque não havia mais quorum, apenas cinco ministros permaneciam no plenário, segundo a agência. Apesar da importância do produto na economia nacional --geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção--, estudos afirmam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente. Uma lei federal de 1995 permite o uso controlado do tipo crisotila, proibindo as demais variações da fibra, mas, nos Estados em questão, as leis estaduais determinam a proibição total. As ações da Eternit, que tem um terço do faturamento proveniente do amianto, subiam mais de 7 por cento no início do pregão desta quinta-feira, a 9 reais. No início da semana, os papéis tiveram forte queda, seguindo as expectativas quanto ao julgamento. A Eternit fabrica produtos como telhas, coberturas e louças sanitárias. (Por Vivian Pereira)

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