Justiça concede habeas a ex-chefe de fiscais em SP

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Por AE
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O ex-chefe da Unidade de Fiscalização da Subprefeitura da Mooca Felipe Eivazian, apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como elo entre dois grupos acusados de extorquir ambulantes do Brás, na zona leste, recebeu ontem habeas-corpus. Felipe foi beneficiado pela decisão do desembargador Roberto Mortari, da 15ª de Direto Criminal do Tribunal de Justiça, que no dia 17 concedeu a liberdade para o advogado Leandro Gianassi Severino Ferreira. Ontem, a defesa dos irmãos Felipe e Marcelo Eivazian, ex-assessor político da Subprefeitura da Mooca, conseguiu estender os efeitos da liminar também para Felipe. Marcelo continuará detido. Ontem, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminhou à Justiça a denúncia contra 13 pessoas acusadas de integrar um esquema de corrupção envolvendo camelôs. O grupo era investigado desde março pelo MP. No dia 11, a Operação O Rapa prendeu 11 suspeitos de envolvimento no esquema - os ambulantes Juvemar Pinto dos Santos e Ademir Batista estão foragidos. Estima-se que o esquema tenha arrecadado quase R$ 16 milhões em 15 meses. Os cálculos foram feitos com base nos valores semanais exigidos dos camelôs. Dos cerca de 7 mil ambulantes que trabalham na região do Largo da Concórdia, a quadrilha exigia entre R$ 10 e R$ 20, totalizando R$ 560 mil por mês. Outros R$ 500 mil mensais vinham da extorsão contra os 500 vendedores de alimentos da região. Para trabalhar, eles eram obrigados a pagar até R$ 1 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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