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Kassab: caos no trânsito não será resolvido a curto prazo

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

No dia em que a cidade de São Paulo registrou mais um recorde de lentidão no trânsito, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que o caos neste setor é grave, mas não será resolvido em curto prazo. "Evidente que não vamos resolver todos os problemas em curto prazo, mas o importante é enfrentar o problema com transparência e assumir que existe o trânsito e este é um problema grave da cidade", disse. Mesmo assim, ele descartou a ampliação do rodízio municipal de veículos. Na avaliação de Kassab, a responsabilidade pelo trânsito caótico da cidade de São Paulo, que vem batendo recordes freqüentes de lentidão nos últimos dias, é das administrações anteriores que não investiram recursos suficientes em infra-estrutura e na ampliação da malha metroviária. "Nos últimos 32 anos, quando o ex-prefeito Olavo Setúbal transferiu a gestão do Metrô para o governo do Estado, nunca mais a Prefeitura investiu no Metrô. É lamentável São Paulo, que já teve o terceiro maior orçamento do País, não ter destinado um único tostão para o Metrô, que é da cidade." O prefeito afirmou que se houvesse investimentos anteriores na malha metroviária, a cidade poderia contar hoje com mais 50 quilômetros de linha deste transporte. Atualmente a malha do Metrô tem cerca de 60 quilômetros. "E não há desculpas, porque na nossa gestão, com todas as dificuldades, conseguimos recursos da ordem de R$ 1 bilhão para transferir ao governo do Estado (que é o gestor do Metrô)", disse o prefeito, após participar da missa de sete anos da morte do ex-governador tucano Mário Covas, no Mosteiro São Bento. Apesar das críticas, o prefeito falou que "não adianta chorar sobre o leite derramado" e, portanto, é preciso olhar para o futuro. "Não podemos pensar só em médio e grande prazo, temos de pensar também nas medidas de curto prazo e entender que por conta do aquecimento da economia, o número de veículos vendidos hoje é bem acima da média desses últimos 30 anos. É um problema que deve ser enfrentado e não há razão para esconder, até porque é um problema da cidade e não da administração."

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