Kassab deve vetar extensão da Lei do Silêncio em SP

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), deve vetar a proposta que estende a Lei do Silêncio na cidade até as 8 horas. Aprovado pela Câmara Municipal no dia 16, o projeto da vereadora Soninha Francine (PPS) muda as regras do Programa de Silêncio Urbano (Psiu) para o período das 22 às 8 horas, e não mais até 7 horas. O futuro secretário municipal de Controle Urbano, Orlando Almeida, um dos homens de confiança do prefeito, afirmou ontem ao Estado ser consenso no governo e entre sindicalistas da construção civil que a alteração aumentaria a saturação dos transportes públicos nos horários de rush e poderia causar risco de desemprego em ano de crise financeira. ?É uma parcela muito inexpressiva da população que acorda depois das 7 horas. E os operários das obras têm horário certo para entrar e horário de saída (17h) sempre um pouco antes do rush. Se esses trabalhadores começarem a sair no mesmo horário da maior parcela da população, a demanda dos transportes públicos vai aumentar demais nos picos?, afirmou o secretário após entrevista coletiva do prefeito na qual foi apresentado um balanço dos quatro anos de administração. Segundo o Secovi (sindicato da habitação), do qual Almeida é próximo, são 300 mil trabalhadores lotados em obras que têm início às 7 horas na capital. ?Pelo que ouvimos de sindicalistas, de pessoas do mercado, existe um posicionamento contrário à lei. Mas é claro que é o prefeito quem vai dar a palavra final e decidir. Eu acho que não deve passar?, acrescentou Almeida, que comandará inicialmente a estrutura do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) na nova pasta. ?O prefeito, por meio de decretos, estuda incorporar também o Psiu e a Vigilância Sanitária (na nova secretaria), que são os órgãos com poder de polícia para fazer cumprir as obrigações de posturas na cidade?, disse o secretário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.