
23 de janeiro de 2010 | 10h06
Entre as ações previstas, estão a construção de 3.500 moradias populares em parceria com o Estado, a reurbanização de bairros inteiros construídos às margens do Rio Tietê, das Represas Guarapiranga e Billings e de 56 córregos e a construção de 18 parques lineares.
A verba adicional soma-se aos R$ 230 milhões já reservados para a limpeza de córregos, instalação de galerias novas no lugar de tubulações com mais de meio século e obras de drenagem nas vias que alagam toda semana há mais de 40 dias. Mas, para estancar a crise criada pelo caos das sucessivas enchentes que atingem a capital desde dezembro, o prefeito teve de contingenciar R$ 2 bilhões do Orçamento aprovado no fim do ano pela Câmara, fixado em R$ 27,9 bilhões.
Como já ocorrera em 2009, por causa da crise financeira, o Executivo vai represar recursos para novos projetos e de serviços em geral, como vigilância, limpeza de prédios públicos e aquisição de materiais para as secretarias - com exceção das pastas de Saúde, Educação e Transporte. As 980 emendas apresentadas pelos parlamentares também foram congeladas, num total de R$ 280 milhões. O prefeito, contudo, descartou corte na previsão mensal de R$ 10 milhões para a publicidade do governo e reservou mais R$ 200 milhões para subsídios às viações de ônibus, verba que depende da conclusão da concorrência para o gerenciamento do bilhete único. Foram reservados também R$ 48 milhões para o projeto do monotrilho na Avenida Celso Garcia.
O prefeito detalhou os remanejamentos em uma apresentação na Prefeitura que reuniu ontem, durante quase quatro horas, os 28 secretários de governo. Desde o início da semana, Kassab e os secretários tentavam encontrar um plano que pelo menos evite mortes nas enchentes dos próximos anos, o que poderia criar um desgaste político irreversível ao prefeito. Desde dezembro, dez pessoas morreram, só na capital, por causa dos temporais.
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