Kits para diagnóstico de exames parasitológicos ganham aval da OMS

Método desenvolvido em Itu (SP) inclui apenas um processo, enquanto o tradicional passa por 15

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Por Clayton Netz
Atualização:

O pesquisador José Carlos Lapenna, presidente da Diagnostik, empresa especializada em produtos científicos, com sede em Itu (SP), acaba de retornar de um encontro promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Bangkok, na Tailândia, que reuniu especialistas de saúde de 194 países em busca de novas tecnologias na área.

 

Lapenna trouxe na bagagem o aval que faltava para alavancar as vendas de um kit de diagnóstico para exames parasitológicos bolado e desenvolvido pela Diagnostek, o Paratest.

 

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"A OMS incluiu o produto entre os oito mais inovadores tecnologicamente disponíveis no mercado mundial", diz Lapenna.

 

Segundo ele, o Paratest consumiu investimentos de R$ 2 milhões e foi reconhecido por simplificar os procedimentos para o exame mais realizado no País - são cerca de 150 milhões por ano. "O método tradicional passa por cerca de 15 processos, e o Paratest, por apenas um."Além disso, o produto tem um custo acessível, em torno de R$ 1,70 a unidade, e evita o risco de contaminação dos profissionais que realizam os exames.

 

O reconhecimento já se reflete nos negócios da empresa, que vende cerca de 2 milhões de kits por ano no Brasil.

 

A Diagnostek está fechando um contrato com o governo do Distrito Federal para o fornecimento de 1,7 milhão de unidades por ano e também negocia com prefeituras de algumas capitais.

 

"O reconhecimento é importante para abrir portas no setor privado e público", diz Lapenna. Lá fora, a Diagnostek acaba de fechar um contrato para fornecer 2 milhões de kits para o governo de Cuba e mantém contato com os de vários países da América Latina, Dubai e China, entre outros.

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Os próximas alvos são o Canadá, a Alemanha e os EUA. "Quero instalar fábricas nos países aonde o produto chegar", diz. Uma planta com capacidade de 1 milhão de unidades anuais custa cerca de US$ 150 milhões.

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