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Lançada obra que traz história da alta-costura francesa

Por AE
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O advogado francês Didier Grumbach, presidente da federação que reúne as grifes de alta-costura na França, já quando exercia as funções de diretor da maison de Yves Saint Laurent, não considerava inconciliáveis a alta-costura e a confecção. Na França, eles eram 2 mil em 1947, diminuíram para 200 nos anos 1970 e agora não passam de 20 privilegiados, segundo cálculos registrados em seu livro "Histórias da Moda" (tradução de Dorothée de Bruchard, Joana Canêdo e Flávia Varella, 456 páginas), que a editora Cosac Naify acaba de lançar no Brasil com a presença do autor.Grumbach vem ao Brasil regularmente há quase uma década como presidente da Federação Francesa da Costura, do Prêt-à-Porter dos Costureiros e Criadores de Moda. Sempre de olho no que está acontecendo aqui e em países emergentes como a China, ele diz que escreveu o livro pensando exatamente nesse mercado, ainda pouco familiarizado com a história da moda francesa. Por sugestão de amigos chineses, decidiu que essa seria uma obra essencialmente didática.A obra abarca desde as origens da costura na época da Revolução Francesa - quando o governo concedeu às costureiras o direito de concorrer com os alfaiates - até a entrada do primeiro criador indiano eleito membro da Federação Francesa de Costura, Manish Arora, o que aconteceu apenas este ano, em que nove casas francesas apresentaram suas coleções na SPFW.Grumbach descendente da família C. Mendès, pioneira no licenciamento de grifes da alta-costura francesa. Grumbach não cita nenhum estilista brasileiro capaz de rivalizar com Marc Jacobs ou Olivier Theyskens. Reconhece que o Brasil é imbatível em moda de praia, mas que tem ainda muito a aprender em logística de exportação e competitividade. ?O Brasil ainda não está no fashion system porque falta uma política de exportação e distribuição, que tem de ser rápida?, analisa, recomendando aos criadores brasileiros que busquem parceiros fora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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