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Lançado malote que destrói conteúdo em caso de roubo

Por Angela Lacerda
Atualização:

Com aparência de uma mala de viagem, feito de plástico duro e encaixado numa placa de metal, o malote inteligente destrói parcialmente os valores e dinheiro nele contidos, diante de tentativa de violação ou extravio. A tecnologia foi desenvolvida na Bélgica pelo pernambucano Paulo Vieira, sócio-fundador da empresa Arrowplan - que trabalha com projetos de valorização intelectual -, e da 3BR, que começa em janeiro a fabricar o equipamento em Pernambuco para o mercado brasileiro. Voltado para o pequeno e médio comerciante, o equipamento foi apresentado hoje no Recife, durante fórum que debateu novas tecnologias contra a criminalidade. O malote pode ser transportado por motos ou automóveis, sem necessidade de carros blindados, seguranças e armas e tem o objetivo de desestimular os roubos. Segundo Vieira, o malote inteligente foi adotado na Bélgica há 10 anos, reduzindo a zero o número de assaltos a carros-forte que eram de dois por semana. Nos países europeus que o adotaram, ele afirmou que os assaltos a bancos, farmácias e postos de gasolina também cessaram. Preocupado em reduzir a criminalidade em Pernambuco - Estado detentor de um dos mais altos índices de violência do País -, o governador Eduardo Campos (PSB) se engajou na divulgação do equipamento. Ele acionou instituições bancárias para financiar os empreendedores interessados na tecnologia. O governador considera o malote inteligente um caminho para reduzir a quantidade de armas usadas pelas vigilâncias e o efetivo colocado nas ruas. Por enquanto, o malote é importado a R$ 9 mil, valor que deve cair para no máximo R$ 5 mil quando produzido no País. O equipamento também pode ser alugado a um custo mensal de cerca de R$ 300,00. Uma experiência com o malote começa a ser feita em 10 das 146 casas lotéricas do Grande Recife na próxima semana.

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