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Legisladores da UE aprovam moção que pede divisão de serviços online de busca

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Por Redação
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Legisladores da União Europeia apoiaram com grande maioria uma moção nesta quinta-feira que pede a autoridades de defesa da concorrência para dividirem serviços de busca, como o Google. A resolução não mencionou o Google ou qualquer outro serviço de busca, embora o Google seja de longe o provedor dominante de tais serviços na Europa, com uma fatia de mercado estimada em 90 por cento. Os legisladores pediram à Comissão Europeia que considere propostas com o objetivo de dividir serviços de busca de outros produtos comerciais. O Google está na mira de reguladores da UE desde 2010 e também enfrenta questões sobre privacidade, pedidos para apagar informações de resultados de busca, problemas sobre direitos autorais e controvérsias fiscais. A resolução não vinculante no Parlamento Europeu é o mais forte sinal público da preocupação da Europa acerca do crescente poder das gigantes de tecnologia norte-americanas. A moção foi aprovada por 384 votos a favor ante 174 contrários. O parlamentar alemão conservador e co-patrocinador da moção, Andreas Schwab, disse que se trata de um sinal político à Comissão Europeia, que é encarregada de assegurar um terreno equilibrado para empresas no bloco de 28 países. "Monopólios em qualquer mercado nunca foram úteis, nem para consumidores nem para companhias", disse ele. Schwab disse que ele não tem nada contra o Google e é um usuário regular. "Utilizo o Google todos os dias", afirmou. O Google não quis comentar o assunto. Alguns políticos criticaram a proposta. "O parlamento não deveria se engajar em resoluções anti-Google, inspiradas pelo forte grupo de competidores do Google ou por ideologias contrárias ao livre mercado, mas assegurar competição justa e direito de escolha aos consumidores", disse a parlamentar Sophie in't Veld, do grupo liberal ALDE, do Parlamento europeu. A comissária de competição da Europa, Margrethe Vestager, disse que analisará o caso e conversará com os reclamantes antes de decidir o próximo passo. A predecessora dela rejeitou três tentativas do Google para resolver as queixas de que bloqueou ilegalmente serviços rivais e para evitar uma possível multa de até 5 bilhões de dólares.

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