Lei Seca diminui em 24% resgates do Samu no País

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Por CARINA URBANIN
Atualização:

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou uma redução média de 24% nas operações de resgate desde o dia 20 de junho, quando a Lei Seca entrou em vigor. O levantamento incluiu 14 unidades do Samu de diferentes regiões em 11 Estados brasileiros e deve continuar até terminar o balanço em todo País. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito têm peso significativo para Samu. Em Brasília, por exemplo, 45% dos resgates atendem ocorrências de trauma, das quais 60% estão relacionadas a acidentes de trânsito. O melhor resultado foi registrado em Niterói, onde os resgates do Samu tiveram queda de 47%. Em segundo lugar ficou Brasília, com redução de 40%, seguida de Porto Alegre, com 35%; Joinville, com 30%; e região metropolitana de Goiânia, com 28%. As outras regiões observadas foram Curitiba e Manaus, ambas com redução de 20% nos atendimentos do Samu; Salvador, com 15%; Aracaju, com 14%; Campinas e Ribeirão Preto, com 13,4%, Vitória, com 9%; e Nova Iguaçu, com 4%. A Coordenação-Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde avalia que a nova legislação traz ganho operacional para o serviço, pois, com a redução dos acidentes, o Samu poderá agilizar os atendimentos às ocorrências de outras naturezas, como casos de mal súbito, intoxicação, parto e queimadura. O ministério também informou que está implantando um banco de dados nacional da Coordenação-Geral de Urgência e Emergência, simultaneamente à reestruturação do sistema informatizado de Regulação Médica para unificar os boletins de atendimento e facilitar o fornecimento de informações precisas a respeito do retorno em relação a diversas questões, como a repercussão da Lei Seca. Os dados referentes às unidades do Samu em São Paulo ainda estão sendo levantados, informa a assessoria de imprensa do serviço.

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