PUBLICIDADE

Líbano tenta conter desastre ambiental sob bloqueio israelense

As dificuldades no acesso à região impediram a localização exata do petróleo no mar e ainda não se sabe se novas manchas podem atingir a costa libanesa

Por Agencia Estado
Atualização:

o conflito entre Israel e a milícia xiita Hezbollah, e ainda sob bloqueio marítimo e aéreo, o Líbano tenta enfrentar o desastre ambiental causado pelo derramamento de cerca de 15 mil toneladas de petróleo no Mar Mediterrâneo durante o conflito. O vazamento foi causado por bombardeios israelenses que atingiram os depósitos da usina elétrica de Jiyeh, próxima a Beirute, dois dias após o início do conflito. Cerca de 200 quilômetros do litoral, ou seja, praticamente toda a costa libanesa, foi atingida pelo vazamento, segundo fontes do Centro de Monitoramento de Informação (MIC), organismo europeu que coordena a assistência em zonas de emergência. As autoridades libanesas pediram ajuda internacional e exigiram o fim do bloqueio israelense para que possam fazer frente à catástrofe ecológica. Há dois dias, o governo libanês recebeu finalmente a autorização para sobrevoar a costa, graças à mediação das Nações Unidas, que conseguiram que Israel suspendesse o embargo para as atividades relacionadas ao desastre ambiental. A Força Interina da ONU para o Líbano (Finul) prometeu ceder um dos seus helicópteros na próxima segunda-feira. Beirute solicitou à União Européia (UE) um avião equipado para esse tipo de missão, informou o ministro do Meio Ambiente do Líbano, Yacoub Sarraf. A organização ecologista Greenpeace possui uma embarcação preparada para recolher o combustível depositado no fundo do mar, mas para que possa operar é necessário que Israel suspenda o bloqueio marítimo. As dificuldades no acesso à região impediram a localização exata do petróleo no mar e ainda não se sabe se novas manchas podem atingir a costa libanesa ou se vão se deslocar em direção ao Chipre ou ao litoral sírio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.