16 de maio de 2012 | 03h06
O problema de Abbas não é a posição do Brasil - que reconheceu a Palestina ainda no governo Lula -, mas a das Nações Unidas. Sob forte pressão dos EUA e de Israel, a ONU afirma que Ramallah não é membro pleno da Assembleia-Geral e, portanto, não pode ser tratada como Estado na Rio+20.
A Autoridade Palestina deve decidir ainda hoje se o presidente participará da cúpula. Abbas, porém, garante que só vem ao Brasil se for tratado como chefe de Estado. Caso contrário, mandará uma missão de segundo ou terceiro escalão.
Do lado de Israel, ainda não há confirmação sobre a vinda do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Uma decisão deve sair nos próximos dias.
Em um discurso na plenária da ONU em setembro, o presidente ameaçou pedir o reconhecimento da Palestina como membro pleno da organização, elevando sua posição de "observador" para "Estado". Mas, diante da iminência de um veto americano no Conselho de Segurança, Abbas recuou. Em vez disso, solicitou - e conseguiu - status de "país" na Unesco, braço da ONU que cuida de Ciência, Cultura e Educação.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.