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Líderes evangélicos e o poder de comunicar

Análise

Por José Maria Mayrink
Atualização:

A multidão de evangélicos que, cada ano em maior número, participa da Marcha para Jesus reflete a capacidade de arregimentação dos pastores, apóstolos e bispos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Celebrada ontem em sua 18.ª versão sob a liderança do casal Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, a manifestação reuniu 2 milhões de fiéis, segundo a Polícia Militar, e 5 milhões, segundo os organizadores. Em 2009, teriam sido 1 milhão, segundo a PM, ou 6 milhões, segundo os organizadores.Se os cálculos parecem conflitantes, as imagens mostradas na TV e nas fotos confirmam a grandiosidade do show - mescla de fé, espetáculo e arte. Esse sucesso se explica pelo poder de comunicação dos líderes evangélicos pentecostais e neopentecostais, donos de uma poderosa rede de radioteledifusão capaz de atingir, ao longo de todo o dia, mas sobretudo de madrugada, milhões de ouvintes e telespectadores.Os evangélicos correspondem hoje a cerca de 30% dos 193 milhões de brasileiros, incluindo-se nessa conta os protestantes tradicionais, pentecostais e neopentecostais. A grandeza da multidão explica-se por mais um dado: a manifestação é pluralista, para não dizer ecumênica. A Marcha para Jesus reúne predominantemente evangélicos de várias denominações, mas também fiéis da Igreja Católica.É JORNALISTA DE O ESTADO DE S. PAULO

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