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Litoral de São Paulo vive surto de dengue

Por AE
Atualização:

As regiões do litoral norte e sul paulista vivem um surto de dengue. Foram registrados 22.346 casos até o mês passado, contra 438 na mesma época de 2009, em nove cidades analisadas. O número de óbitos em decorrência da doença saltou de 1 para 51.Santos lidera o ranking de municípios do litoral com mais mortes por dengue, com 22 ocorrências confirmadas. A epidemia é a maior dos últimos sete anos. O aumento de contaminados pelo Aedes aegypti subiu mais de 58 vezes, segundo dados da Secretaria de Saúde municipal, em comparação a 2009. Campanhas recomendando cuidados estão sendo feitas até na espera de chamadas telefônicas da prefeitura.Outra cidade afetada é Guarujá. Os casos subiram de 47 para 6.732 em um ano. Célia Bezerra, chefe da vigilância epidemiológica, liga o número ao aumento de focos do inseto. "A população precisa reduzir o número de criadouros", diz. "Não adianta só o poder público fazer a sua parte." O Guarujá registra 47 mortes por dengue em 2010.Os dados de São Vicente chamam a atenção. Após não ter ocorrências no primeiro semestre de 2009, o município registrou 3.269 episódios confirmados. Por complicações, seis deles terminaram em morte. Bertioga apresentou aumento de mais de 6.000% nas ocorrências da doença. O número de pacientes infectados cresceu de 10 para 605. Segundo a prefeitura, um paciente morreu porque procurou tratamento tardiamente. Mesmo em cidades do litoral sul que não tiveram mortes, como Praia Grande, a incidência de registros disparou. De 48 casos, o número saltou para 646.Litoral norteEntre os municípios do litoral norte analisados, São Sebastião apresentou maior número de pacientes. Foram 1.243 casos no ano, aumento de mais de 1.000%, e 1 morte. Em Caraguatatuba, a dengue matou quatro pessoas desde janeiro. Escolas têm recomendado que os alunos apliquem repelente durante as aulas. O acréscimo de ocorrências, em comparação a 2009, é de 1.119 casos.Ilhabela e Ubatuba também vivem surto. O aumento de contaminados em ambas foi de mais de 10 vezes que na mesma época de 2009. Responsáveis pela saúde desses municípios dizem que as altas temperaturas, somadas a um maior período de chuvas, propiciou ambiente favorável à proliferação do mosquito. As informações são do Jornal da Tarde.

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