Amparada pelo bom desempenho da área de telefonia móvel e pela redução do endividamento, a Brasil Telecom Participações apresentou resultado trimestral superior ao esperado por analistas. A companhia, que aguarda aprovação dos órgãos reguladores e mudança nas leis brasileiras para ser comprada pela Oi, teve lucro líquido de 254,4 milhões de reais no período de abril a junho, um salto de 75 por cento sobre o mesmo trimestre de 2007. A média dos cinco analistas ouvidos pela Reuters apontava lucro de 197,5 milhões de reais. De acordo com o balanço da companhia, divulgado nesta terça-feira, os custos e despesas operacionais sofreram redução de 7,3 por cento quando comparados ao mesmo trimestre do ano passado, para 2,221 bilhões de reais. A maior redução foi na conta de pessoal, que caiu 40,2 por cento. A margem Ebitda da companhia foi de 40,1 por cento e também ficou acima da projeção dos analistas, que era de 34,6 por cento das receitas. Sobre o mesmo trimestre de 2007, a margem teve alta de 4,6 pontos percentuais. A margem Ebitda da operação móvel, de acordo com o balanço, foi de 6,3 por cento, com alta de 5,1 pontos percentuais. A empresa informou ter registrado um recorde de adições líquidas de celular no segundo trimestre, que reúne Dia das Mães e dos Namorados como datas fortes de varejo. Foram 943,4 mil novos clientes, que fizeram com que a operadora encerrasse o trimestre com 5 milhões de assinantes, um aumento de 33,1 por cento sobre igual trimestre de 2007. A dívida líquida da companhia caiu 8,2 por cento no trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, para 1,156 bilhão de reais. Segundo o balanço, a queda se deve à valorização do real sobre o endividamento em dólar e às amortizações feitas graças à geração de caixa. A empresa tinha 2,381 bilhões de reais em caixa ao final de junho, montante que era de 2,842 bilhões de reais no mesmo trimestre de 2007.