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Luis Fabiano: vou brigar com Rooney e Villa para ser artilheiro

Por PEDRO FONSECA
Atualização:

O atacante da seleção brasileira Luis Fabiano apontou no domingo o inglês Wayne Rooney e o espanhol David Villa como seus principais concorrentes pelo cobiçado prêmio de artilheiro da Copa do Mundo, e minimizou as chances do argentino Lionel Messi. O jogador do Sevilla está de volta à África do Sul um ano após ter sido artilheiro da Copa das Confederações, com cinco gols, ajudando o Brasil a conquistar o título. "Rooney e Villa são jogadores que fazem muitos gols, têm muita qualidade", disse Luis Fabiano a jornalistas, quando perguntado quais seriam seus concorrentes pela artilharia. A respeito de Messi, que foi o principal artilheiro da temporada europeia, com 43 gols em 49 partidas, o brasileiro referiu-se a uma das principais críticas que se faz ao atacante argentino em seu próprio país. "O Messi também faz gol, mas com a Argentina não vai tão bem como no Barcelona", disse o atacante, que também citou outro argentino, Diego Milito, como um jogador que está vivendo um bom momento, antes de acrescentar: "E o Luis Fabiano do Brasil que vai lutar pra ser artilheiro". Antes visto com cautela, Luis Fabiano consolidou seu nome como novo homem de referência do ataque do Brasil ao marcar gols importantes nas eliminatórias do Mundial e, principalmente, com a excelente atuação na Copa das Confederações de 2009. A evolução passou por um processo de amadurecimento dentro de campo, em que o jogador estourado que frequentemente era expulso aprendeu a controlar "o ímpeto e a volúpia" para se tornar um dos homens de confiança do técnico Dunga. Pela seleção brasileira já são 25 gols em 36 partidas, e a confiança de que poderá substituir à altura nomes como o de Ronaldo, maior artilheiro da historia das Copas do Mundo. "É uma posição difícil, tem uma pressão muito grande, mas eu superei as dificuldades. Hoje é um sonho estar aqui, vestindo a camisa 9 que foi de grandes jogadores como Ronaldo, Careca e outros", disse. O atacante apresentou-se à seleção após uma temporada na qual foi prejudicado por contusões no Sevilla, mas ainda assim foi o artilheiro do time, com 15 gols em 23 partidas. Para o Mundial, ele relutou em estabelecer uma meta, mas lembrou que há um ano balançou as redes cinco vezes em cinco jogos na Copa das Confederações. "São sete jogos até a final. Eu não tenho uma meta, eu queria fazer o máximo de gols. Um por jogo seria bom, mas Copa do Mundo não é fácil", afirmou. O Mundial pode representar também o início de uma nova fase na carreira do atacante de 29 anos, que deve ser negociado pelo Sevilla com um clube de maior tradição na Europa. Antes do início da temporada, ele foi alvo do Milan. "O Sevilla quer vender, então já é um primeiro passo para eu sair."

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