Lula diz que acordo Colômbia-EUA é prova para América do Sul

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Por CARLOS ALBERTO QUIROGA
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A disputa provocada por um acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos é uma prova para as democracias da América do Sul, disse neste sábado o presidente Luiz Inácio da Silva. A seis dias de uma cúpula extraordinária da União das Nações Sul-Americanas para debater o acordo que permitiria a instalação de militares norte-americanos em sete bases colombianas, Lula disse que a região deve enfrentar a situação com unidade e atitudes pacíficas. "(Na cúpula) emn Bariloche, temos a grande oportunidade de mostrar que a América do Sul está construindo sua democracia e sua prosperidade e que estamos trabalhando para que reine a paz na América do Sul", disse ele em discurso na Bolívia. O presidente boliviano, Evo Morales, que em seus tempos de sindicalista sofreu repressões comandadas em alguns casos por agentes norte-americanos, reiterou seu rechaço ao acordo entre Bogotá e Washington, chamando-o de uma "traição à libertação dos povos". "Agora temos que defender a soberania e a dignidade de toda a América do Sul, de toda a América Latina", disse Morales. GOLPE EM HONDURAS Lula destacou a "revolução pacífica" liderada por Morales, ao condenar novamente o golpe de Estado de junho passado contra o governo do presidente Manuel Zelaya em Honduras. "A revolução em curso na Bolívia reforça minha segurança que devemos rechaçar qualquer ato de força... Devemos condenar com veemência o retrocesso político en Honduras e exigir o retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya a suas funções", disse Lula.

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