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Lula diz que consumo de aposentados compensará reajuste

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Por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou minimizar nesta quarta-feira as críticas em relação à pressão nas contas da Previdência depois da sanção do reajuste concedido pelos parlamentares aos aposentados que recebem acima de um salário mínimo, de 7,7 por cento. O presidente defendeu que as contas públicas serão compensadas por meio dos impostos recolhidos pelo governo decorrentes do aumento no poder de consumo dos beneficiados pelo reajuste. "Eu achei que, possivelmente, o consumo que essa gente vai ter nesses próximos meses vai recuperar parte desse dinheiro em impostos, que o governo mesmo vai cobrar, e que vai ajudar a economia brasileira a dinamizar", justificou o presidente Lula. "O que nós precisamos dizer à nação brasileira é que nós vamos continuar com uma rigidez fiscal, que nós vamos continuar controlando as contas públicas, que nós vamos diminuir o fundo gasto com custeio, para a gente poder garantir que uma parte da população tenha um pouco mais de poder de consumo nesse país", completou. O presidente fez as declarações ao lado do presidente do Peru, Alan Garcia, e empresários daquele país, em Manaus (AM). Lula também procurou descartar o tom eleitoreiro da sanção anunciada na terça-feira, atribuindo os benefícios da medida apenas aos aposentados, e não aos candidatos à disputa presidencial de outubro. "Eu não sei por que isso ajudaria a Dilma (Rousseff, PT), porque isso pode ajudaria o (José) Serra (PSDB). Pode ajudar a Marina (Silva, PV), mas, certamente, tem uma pessoa que eu sei que vai ser ajudada: são 8 milhões de aposentados que ganham mais de um salário mínimo", afirmou Lula. O reajuste proposto inicialmente pelo governo era de 6,14 por cento, mas o índice foi elevado no Congresso, o que terá impacto de 1,6 bilhão de reais nas contas públicas.

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