
26 de março de 2010 | 19h32
Na Bahia, em cerimônias de inauguração do Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), lançamento de editais para licitação de rodovia e assinatura de contratos do programa "Minha Casa, Minha Vida", Lula e Dilma tiveram de lidar com dois concorrentes ao governo do Estado -- o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), e o governador Jaques Wagner (PT).
Pregando a pacificação do Estado após a eleição, Lula disse que o pleito é apenas "um episódio da nossa vida". O presidente lembrou também que o governador e o ministro foram aliados em 2006.
"Ele (Wagner) e o Geddel estavam juntos no mesmo palanque, e eu imaginava que eles iam continuar no mesmo palanque. Mas me parece que tem um pouquinho de divergência entre o Vitória e o Bahia", discursou o presidente, fazendo uma referência à rivalidade existente entre os dois principais clubes de futebol do Estado.
"A gente não pode se tratar como inimigo", acrescentou.
A disputa entre integrantes do PT e do PMDB, que negociam uma aliança para as eleições no âmbito nacional, também ocorre em outros grandes colégios eleitorais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Há também divergências entre as siglas no Pará e no Mato Grosso do Sul.
Em Minas, no lado do PT, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) querem disputar o governo do Estado. O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), também é um pré-candidato. Lula trabalha para que o PT apoie o peemedebista.
No Rio Grande do Sul, PT e PMDB são adversários históricos. Declararam-se pré-candidatos o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB). Já em São Paulo, o PMDB já anunciou apoio ao PSDB.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Bruno Peres)
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