Lula vai a Cuba em dezembro

Por causa do furacão Noel, presidente adiou visita ao Haiti e à República Dominicana.

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Por Denize Bacoccina
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste sábado que vai a Cuba, provavelmente no dia 21 de dezembro. Ele conversou com a imprensa logo depois de uma reunião bilateral com o vice-presidente cubano, Carlos Lage, em Santiago, paralelamente à conferência iberoamericana de chefes de Estado e de governo. "Eu tenho que ir a Cuba firmar alguns convênios que são do interesse do Brasil, do interesse de Cuba", afirmou, sem explicar quais são esses convênios. O presidente disse que ainda não sabe se irá se encontrar com o presidente Fidel Castro, afastado do cargo por motivos de saúde. "Não sei como estará o estado de saúde do presidente Fidel Castro. Evidentemente que se ele estiver bem de saúde eu vou conversar com ele", afirmou. Lula disse que o assunto não foi discutido com Carlos Lage. O presidente informou que adiou a viagem que faria este mês ao Haiti e à República Dominicana, que já estava sendo preparada pelo Planalto. Segundo Lula, a visita à República Dominicana foi adiada porque o país ainda se refaz dos prejuízos causados pelo furacão Noel. Ele disse que deixaria para visitar o Haiti quando a viagem for remarcada. O presidente também se reuniu neste sábado de manhã com o colega boliviano, Evo Morales, para falar sobre os assuntos que serão discutidos na visita oficial a La Paz, no dia 12 de dezembro. O presidente brasileiro disse que vai firmar vários acordos com o governo boliviano, e que interessa ao Brasil manter um clima de paz e harmonia com a Bolívia, com quem compartilha uma extensa fronteira. "Nós queremos ajudar a industrializar a Bolívia, nós queremos que a Petrobras volte a fazer investimento (na Bolívia), porque precisamos nos preocupar não só com o gás que o Brasil precisa, mas o gás que a Argentina precisa, o gás que a Bolívia precisa, o gás que o Chile precisa. É essa a colaboração que o Brasil tem que dar", afirmou o presidente. Questionado se a partir das descobertas das novas reservas de petróleo e gás em território brasileiro o governo negociaria em outras bases, Lula disse que não. "Agora estou sendo chamado de xeique do petróleo. Não muda a nossa política. À medida que a gente tiver mais gás e à medida que a Bolívia tiver mais gás para vender, interessa ao Brasil que a matriz energética brasileira tenha muitas alternativas", afirmou. Ele lembrou que o petróleo e o gás descobertos agora só serão extraídos dentro de cinco a seis anos. "Não será na minha presidência. Vamos começar a trabalhar agora para que comece a aparecer o mais rápido possível", disse. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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