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Mãe é morta ao levar filhos para escola em Taubaté-SP

Por Simone Menocchi
Atualização:

A dona de casa Maria Selma do Carmo Gil Lange, de 47 anos, foi assassinada hoje, quando levava os filhos para a escola, em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP). O crime aconteceu no Jardim Maria Augusta, bairro de classe média. Maria Selma levava os filhos para o colégio de carro, um Fiesta preto, que foi fechado por uma moto. Ela reduziu a velocidade. Foi quando, rapidamente, o carona da moto apontou a arma para a janela de Maria Selma e fez três disparos. Eles fugiram em seguida. A dona de casa, apesar de ferida, ainda tentou sair com o automóvel, mas bateu contra a garagem de uma casa e morreu em seguida. "Eu estava dormindo e acordei com um estrondo. Pensei que fosse um acidente e, quando saí aqui, vi a mocinha gritando por socorro e tentando pedir que a mãe saísse do carro", afirmou o proprietário da residência, o aposentado Vicente de Paula Dias. Segundo Dias, Maria Selma estava caída no veículo, sangrando muito. "Quando vi a cena, achei que fosse um acidente e, por isso, a mulher estava caída. Mas depois fiquei sabendo que foram tiros." O assassinato aconteceu na frente dos filhos, uma adolescente de 16 anos e um menino de 6, que não foram atingidos. Como fazia todas segundas-feiras, a dona de casa saiu de casa ainda de pijama para levar os filhos à escola. Maria Selma voltaria, em seguida, para a residência, onde morava com os filhos, a mãe e um irmão. Em seguida ao crime, os dois filhos saíram rapidamente do carro e começaram a gritar, pedindo por socorro. Desde agosto, a família começou a receber ameaças de supostos usuários drogas e traficantes. "Eles ligavam para a família pedindo dinheiro, mas não diziam o motivo. Também passaram a jogar explosivos em frente a casa" disse o delegado responsável pelo caso, Marcelo Duarte. A dona de casa registrou boletim de ocorrência, informando que os suspeitos jogavam bombas caseiras em sua casa e intimidavam a família. Durante as investigações, a polícia descobriu que um sobrinho de Maria Selma estaria envolvido no grupo de traficantes. "Ele era um deles", afirmou Duarte. Apurações Durante as apurações, a polícia teria flagrado o sobrinho (que teve o nome preservado) e outros seis suspeitos com drogas, ainda em 2007. Na época, o bando foi preso acusado de trafico de drogas. "Depois da prisão desse grupo, inclusive do sobrinho dela, os ataques pararam e não houve mais ameaça", confirmou o delegado responsável pelo caso. Há cerca de 20 dias, quatro integrantes do grupo foram soltos pela Justiça. "Estamos investigando se são as mesmas pessoas ligadas a esse grupo, que podem ter praticado o homicídio em vingança, por terem sido presos no ano passado."

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