Magnata do Megaupload se oferece para responder acusações nos EU

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Por Redação
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Kim Dotcom, o magnata da Internet que ocupa posição central em uma investigação norte-americana sobre fraude e pirataria online, anunciou na quarta-feira que estava disposto a ir aos Estados Unidos para limpar seu nome, o que evitaria a necessidade de uma audiência de extradição na Nova Zelândia. Dotcom, fundador do serviço de troca de arquivos Megaupload, desafiou o Serviço Federal de Investigações (FBI) norte-americano a realizar um julgamento justo, e se disse disposto a enfrentar a agência em um tribunal dos EUA, desde que certas condições sejam aceitas. "Ei, Departamento da Justiça, estamos dispostos a ir aos EUA. Não é preciso extradição", escreveu Dotcom, 38, no Twitter. O empresário, antes conhecido como Kim Schmitz, nasceu na Alemanha. "Queremos o direito a pagar fiança e responder o processo em liberdade, e o descongelamento de dinheiro para pagar advogados e cobrir nossas despesas", ele escreveu, se referindo ao seu caso e ao de três outros acusados pelas autoridades norte-americanas. Em sua mais destacada investigação sobre pirataria online, o FBI alega que Dotcom liderava um grupo que faturou mais de 175 milhões de dólares, desde 2005, pela cópia e distribuição não autorizada de música, filmes e outras formas de conteúdo protegido por direitos autorais. Os advogados de Dotcom alegam que a empresa oferecia simplesmente um serviço de armazenagem de arquivos online. A oferta de Dotcom surgiu um dia depois que um tribunal neozelandês adiou para março de 2013 uma audiência sobre o pedido norte-americano de extradição, devido a audiências judiciais em curso quanto ao processo de busca e apreensão de provas relacionadas ao caso nos Estados Unidos. Em junho, o alto tribunal da Nova Zelândia decidiu que os mandados de busca que a polícia do país usou para suas buscas na mansão do extravagante Dotcom eram ilegais. O tribunal também determinou que as cópias de provas obtidas pelo FBI e enviadas aos EUA eram igualmente ilegais. Agindo a pedido do FBI, policiais neozelandeses armados, com a assistência de helicópteros, invadiram a casa que Dotcom aluga nas cercanias de Auckland, em janeiro, confiscando computadores e discos rígidos. Dotcom e três outras pessoas foram detidos, e o empresário passou um mês na prisão antes de sair sob fiança. Os tribunais neozelandeses relaxaram gradativamente as restrições impostas a ele, permitindo que retornasse à sua mansão, concedendo acesso a centenas de milhares de dólares para suas despesas pessoais e judiciais, e cancelando certas restrições de viagem e reuniões. (Reportagem de Naomi Tajitsu)

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