
18 de novembro de 2014 | 08h02
A viagem de Frank-Walter Steinmeier será uma das primeiras visitas de uma autoridade alemã a Moscou desde o início da crise ucraniana neste ano, que provocou uma divisão profunda entre a Rússia e o Ocidente.
A visita de Steinmeier acontece em meio a um aumento da violência no leste da Ucrânia e de acusações de Kiev e do Ocidente de que a Rússia está enviando soldados e armas para fortalecer os rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano, uma acusação negada pelo Kremlin.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, minimizou a possibilidade de a visita de Steinmeier ter algum impacto real na política russa sobre a Ucrânia.
"É uma visita de trabalho. Nós concordamos, é claro, em falar sobre a Ucrânia, sobre nossa relação bilateral (mas) ninguém está esperando qualquer avanço", disse Lavrov em entrevista coletiva em Minsk, capital de Belarus.
Steinmeier vai se encontrar em Kiev com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e o primeiro-ministro do país, Arseny Yatseniuk, antes de seguir para Moscou.
"Durante as últimas 24 horas, devido a bombardeios e explosões de minas, cinco soldados ucranianos foram mortos e outros oito sofreram ferimentos de gravidades variadas", disse o porta-voz militar ucraniano Vladislav Seleznyov em publicação no Facebook.
Bombardeios de ambas as partes têm rompido o cessar-fogo acertado em 5 de setembro, causando preocupação de que a trégua possa ruir completamente.
Mais de 4.000 pessoas foram mortas no conflito desde o início da revolta separatista no leste da Ucrânia, em abril.
(Reportagem de Pavel Polityuk, em Kiev, e Andrei Makhovsky, em Minsk)
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