13 de maio de 2012 | 03h05
Os problemas com o LCN se acumulam desde o vestibular e também nas matrículas. A graduação, que tem a menor concorrência da USP, nunca conseguiu preencher todas suas vagas. Neste ano, com o novo sistema de rechamada, em que candidatos de outras carreiras são chamados, foi alcançado melhor resultado. Teve 58 matriculados no noturno e 48 no matutino - são 60 vagas em cada período.
Para o coordenador do curso, Thomás Haddad, esse problema chega a ser mais preocupante que a evasão. "O curso sofre mais com o baixo índice de matriculas após o vestibular do que com evasão. E temos trabalhado para melhorar a divulgação do curso no ensino médio", diz ele, no cargo desde o início de 2011. "Todas as licenciaturas sofrem, são menos atraentes. A profissão docente costuma pagar menos, existem problemas de condições de trabalho."
Mudanças. Como forma de reverter essa realidade, o curso foi remodelado e uma nova configuração deve estrear a partir do ano que vem. A graduação vai ganhar sete novas disciplinas, nas áreas de biologia, química e física. As disciplinas de astronomia e física terão mais aulas.
Apesar desse aumento, a carga horária será mantida. Haverá a redução na carga de matérias optativas a serem cursadas.
Outra mudança significativa atinge o modelo que marcou a Each, que é o ciclo básico - um conjunto de disciplinas obrigatórias aos ingressantes de todos os cursos. Para a LCN, as disciplinas desse ciclo poderá ser cursada ao longo de três anos, não somente no ano de ingresso.
A alteração é uma aposta para adiantar o contato dos ingressantes com o conteúdo. "O desafio é mostrar para os alunos que vale a pena seguir o curso e isso é uma coisa que se realiza na sala de aula. Temos de conquistar esses alunos ao longo do primeiro ano", completa Haddad. / P.S.
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