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Mancha de óleo do Líbano espalha morte no Mediterrâneo

Cerca de 110.000 barris de petróleo foram derramados no oceano, a partir de 14 de julho, quando aviões israelenses atingiram a usina elétrica

Por Agencia Estado
Atualização:

Um vídeo divulgado pelo grupo ambientalista Greenpeace mostra um peixe morto rolando pelo leito do Mar Mediterrâneo, ao largo da costa libanesa, e uma mancha de óleo avançando na direção de um ouriço do mar. O vídeo, gravado por um mergulhador e divulgado no website do Greenpeace traz detalhes da destruição ambiental que perdura um mês após o vazamento de óleo causado por um bombardeio israelense ter começado a afundar - cobrindo a vida marítima com uma camada escura no que especialistas definem como o pior desastre ambiental da história libanesa. A ONU informa que a limpeza do vazamento poderá durar até um ano, e custar US$ 64 milhões. "Você tem o fundo do mar cheio de combustível - entre as rochas e os vales. Está marcado e coberto com o piche", diz Mohammed El Sarji, chefe do sindicato de mergulhadores do Líbano, que gravou as imagens, onde aparece uma camada de óleo de 10 centímetros de espessura cobrindo uma área de 100 metros do leito do mar, perto de Beirute. Cerca de 110.000 barris de petróleo foram derramados no oceano, a partir de 14 de julho, quando aviões israelenses atingiram a usina elétrica de Jiyeh, 20 km ao sul de Beirute. Mais mísseis atingiram o local no dia seguinte. Seis tanques de combustível foram destruídos, gerando explosões que derrubaram o dique construído para conter vazamentos. No início, o óleo cobriu a água por uma extensão de 140 km, chegando até a Síria. Com a mancha impedindo a penetração de luz do sol na água, as plantas de que vários peixes dependem para se alimentar, morreram. Agora, com o afundamento, o óleo ameaça a vida no leito do oceano. "Parte (do óleo) ficou mais densa que a água do mar e começou a afundar. É como um cobertor grosso que abafa a vida", disse Rick Steiner, especialista em vazamentos de petróleo da Universidade do Alasca. Ele explica que o óleo que vazou no Líbano é "um material mais pesado e espesso (que óleo cru). Ele gruda nas pedras e é difícil de limpar".

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