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Manejo ecológico também no leite

Por Fernanda Yoneya
Atualização:

Há seis meses, para recuperar uma área de pasto, o criador Dirceu Gonçalves dos Reis, de Maravilhas (MG), tomou conhecimento do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, difundido pela Emater-MG e pela Universidade Federal de Viçosa. O sistema alia a integração lavoura-pecuária ao plantio de árvores, que podem ser mais uma fonte de renda e promover ganhos ambientais, como evitar a erosão e aumentar a água da propriedade. Após corrigir o solo, o criador separou 6 hectares - de um total de 39 - de pasto para plantar milho e 7.200 mudas de eucalipto. ''Para produzir leite, a principal atividade da fazenda, o solo deve ser rico'', diz o extensionista da Emater Emanuel da Silva Pinto Jr. ''Em termos ambientais os benefícios são vários, pois o sistema recupera pastagens e evita que novas áreas de mata sejam derrubadas para extração de madeira'', diz o coordenador da Emater, Walfrido Machado Albernaz. Outra vantagem é em relação ao conforto térmico dos animais, que ganham áreas de sombra no pasto. Com o sistema, a lotação na pastagem aumentou de 0,3 unidade animal (UA) para até 1,5 UA. O milho produz bem: 3 mil quilos/hectare, e a produção de leite deve aumentar de 250 litros/dia para mais de 300 litros/dia, com 28 vacas, ''e, daqui a sete anos, terei o eucalipto.''

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