Manifestantes dizem que União Europeia não merece Prêmio Nobel da Paz

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Por Redação
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Cerca de mil membros de grupos de esquerda e de direitos humanos fizeram uma manifestação neste domingo em Oslo, na Noruega, para protestar contra a atribuição do Prêmio Nobel da Paz para a União Europeia. As organizações realizaram uma marcha com tochas acesas na véspera da premiação, alegando que a UE é antidemocrática e mantém um grande efetivo militar, mesmo enquanto seu povo sofre uma desaceleração econômica. "Alfred Nobel disse que o prêmio deveria ser dado àqueles que trabalhassem pelo desarmamento", disse Elsa-Britt Enger, de 70 anos, uma representante do grupo Avós pela Paz. "A UE não faz isso. Ela é uma das maiores produtoras de armas do mundo." Alguns dos vencedores anteriores do Nobel da Paz, como Desmond Tutu, Adolfo Perez Esquivel e Mairead Maguire, também disseram que a UE não merece o prêmio. O Partido da Esquerda Socialista norueguês, que faz parte do governo do primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg, também se juntou aos manifestantes. O comitê do Nobel da Paz, baseado em Oslo, deu o prêmio de 2012 para a UE por unir o continente depois de duas guerras mundiais e para lhe dar um impulso, enquanto tenta superar a sua crise econômica. "A UE traz paz duradoura entre ex-inimigos que se enfrentaram... em duas guerras mundiais", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, neste domingo. Barroso, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz, vão receber o prêmio em nome da UE na segunda-feira. (Reportagem de Victoria Klesty e Balaz Koranyi)

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