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Mapa reforça teoria de que chinês se antecipou a Colombo

Por Agencia Estado
Atualização:

Um mapa do início do século XV, que parece reforçar uma velha teoria segundo a qual um lendário almirante chinês chamado Zheng He se antecipou a Cristóvão Colombo no descobrimento da América, será apresentado em Pequim, em 16 de janeiro. O mapa em questão é uma cópia feita em 1763 do original, que data supostamente de 1418, informa hoje a revista The Economist. O mapa parece apontar as façanhas do almirante chinês, que cruzou os oceanos entre 1405 e 1418, e que ficaram bem documentadas em um livro publicado na China por volta de 1418 sob o título de "As Maravilhosas Visões da Frota Estelar" (tradução livre). Segundo The Economist, o mapa foi comprado em 2001 por Liu Gang, um dos mais eminentes advogados comerciais da China, admirador e colecionar de mapas e pinturas. Temeroso que se tratasse de uma falsificação, mostrou sua aquisição a cinco colecionadores experientes, que concordaram que as marcas deixadas no papel de bambu e a perda de pigmentação testemunhavam uma antigüidade superior a, pelo menos, um século. Liu não tinha certeza do significado daquele mapa e pediu ajuda a vários especialistas em história chinesa antiga, mas não obteve muitos resultados. No final do ano passado, no entanto, leu o livro "1421: O Ano em que a China descobriu a América", de Gavis Menzies, no qual o autor afirma que os chineses chegaram a América setenta anos antes de Cristóvão Colombo. Após ler esse livro, Liu ficou convencido de que o mapa que tinha chegado a seu poder era uma relíquia das viagens do almirante Zheng He. O mapa diz sobre os habitantes do litoral oeste da América: "A pele da raça nesta região é de uma cor vermelho escuro, e usam penas nas cabeças e quadris", enquanto que sobre os australianos escreve que "a pele de um aborígine é negra. Todos andam nus e carregam artigos de osso à cintura". Cinco especialistas em cartografia antiga assinalam, no entanto, que o mapa, que parte da hipótese de que o mundo é redondo, limita-se a reunir informação que estava disponível separadamente em mapas náuticos anteriores, mas acreditam que é autêntico.

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