Marina pede união para desenvolvimento da Amazônia

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Por LUIZ ROBERTO MARINHO
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pregou hoje a união do governo federal, dos governadores, do Congresso Nacional e da sociedade para agilizar a execução de um novo modelo de desenvolvimento para Amazônia. Em discurso durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), no Palácio do Planalto, afirmou ser necessário "apressar a agenda do desenvolvimento sustentável para se obter um novo paradigma de desenvolvimento da Amazônia". Marina enfatizou não ser possível governar um território enorme "e 24 milhões de pessoas só com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o Exército e uma ou outra instituição". Defendeu uma "nova narrativa" para Amazônia, em vez da propaganda sobre a origem e a qualidade dos seus bens e produtos, citando versos do poeta amazonense Thiago de Melo, segundo os quais "nem é um novo caminho, é uma nova maneira de caminhar". Fazendo questão de mencionar seus antecessores no Ministério, inclusive aqueles do governo Fernando Henrique Cardoso, citou, entre as realizações governamentais no meio ambiente, o fechamento de 1.500 empresas ilegais na região, a aplicação de multas superiores a R$ 4 bilhões e o remanejamento sustentável de três milhões de hectares de florestas. O PAS, elaborado a partir de proposta discutida em maio de 2003 em Rio Branco, no Acre, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores da região Norte, estabelece uma série de compromissos dos governos estaduais, governo federal e sociedade. Entre esses compromissos, oficializados em documento assinado na solenidade pelo presidente e os governadores do Norte, estão o desenvolvimento sustentável da Amazônia valorizando a diversidade social, cultural e ecológica da região, a ampliação do crédito a cadeias produtivas e o combate ao desmatamento.

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