APROXIMAÇÃO COM O AGRONEGÓCIO
Marina esteve na quinta-feira em um evento do setor de cana no interior de São Paulo e, nesta sexta, se reunirá em jantar a portas fechadas com integrantes do agronegócio, setor com que teve relação atribulada na época em que foi ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Questionada sobre esta aproximação, a candidata do PSB negou ter problemas com o agronegócio e lembrou que era a terceira vez que ia à feira do setor sucroalcooleiro, em Sertãozinho, mas que nas outras vezes a imprensa não se interessou em acompanhá-la.
Sobre o jantar desta sexta, ela explicou que foi organizado por João Paulo Capobianco, que foi secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e que é uma das maiores vozes ambientalistas de seu grupo político.
REFORMA POLÍTICA E ESTADO LAICO
A candidata do PSB defendeu ainda a necessidade de uma reforma política e disse que "governar com os melhores é governar em cima de propostas".
Ela disse que não teria a "pretensão" de propor um modelo fechado de reforma política, mas afirmou que algumas ideias, como as candidaturas avulsas, servirão como ponto de partida para o debate com a sociedade.
Sobre a Lei da Anistia, disse que se trata de uma legislação aprovada e "está como está". Mas observou que a verdade em relação ao período do regime militar precisa ser revelada, o que não significa revanchismo.
Marina, que é evangélica, foi questionada ainda sobre temas como casamento entre pessoas do mesmo sexo, aborto e legalização da maconha.
Ela disse que é pessoalmente contra o aborto e que seu programa de governo defende a manutenção da legislação atual. E defendeu um debate sobre a legalização da maconha.
"O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitados", respondeu ela em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Temos a clareza da defesa do Estado laico."