Marina Silva deve se candidatar à Presidência, dizem jornais

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Por Redação
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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve anunciar a ex-senadora Marina Silva como candidata à Presidência na próxima semana, substituindo o líder do partido Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo, noticiaram três jornais neste sábado. O PSB concordou em concorrer com a candidatura de Marina apesar de dúvidas entre alguns membros proeminentes do partido sobre seus pontos de vista conservacionistas e outras questões-chave como a política econômica, de acordo com a Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo. A candidatura de Marina deve ser formalmente anunciada em uma reunião do partido marcada para 20 de agosto, disse a Folha, adicionando que seu companheiro de chapa deve ser o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS).  O Globo e o Estado, entretanto, disseram que o partido ainda estava indeciso sobre quem seria quem dividiria a chapa com Marina. "Uma candidatura de Marina é contemplada no nosso projeto político. É uma solução que assegura a continuidade", teria dito o novo líder do PSB, Roberto Amaral. Na sexta-feira, um aliado chave da coligação do PSB, disse à Reuters que o consenso estava sendo construído em torno de uma candidatura de Marina, mas que muitas questões ainda tinham de ser resolvidas antes de uma decisão final. "Parece que caminha para um consenso a candidatura da Marina em substituição a Eduardo", disse à Reuters Roberto Freire, líder do Partido Popular Socialista (PPS).    Marina, que era candidata à vice-presidência na chapa do PSB de Campos, disse a líderes partidários que está disposta a ser sua substituta, disseram os jornais, citando fontes não identificadas que se encontraram com ela em São Paulo na noite de sexta-feira. Campos, ex-Governador de Pernambuco, foi morto em um acidente de avião na quarta-feira a caminho de um evento de campanha em Santos (SP). O acidente mudou o rumo da corrida presidencial no Brasil, com pesquisadores e analistas dizendo que há agora uma maior chance de que a eleição seja decidida em um segundo turno em 26 de outubro. O primeiro turno está marcado para 5 de outubro. Marina, que ficou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2010 como candidata do Partido Verde, é muito popular entre os eleitores mais jovens, que estão desiludidos com a classe política do Brasil. Cristã devota, ela também tem um público fiel entre os eleitores evangélicos, uma fatia cada vez mais influente no Brasil. A candidatura de Marina poderia privar a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, dos votos que ela precisa para evitar um segundo turno entre os dois candidatos mais bem colocados. Uma nova pesquisa que será publicada na segunda-feira vai mostrar se Marina tem mais apoio do que Aécio Neves, que tem disputado o segundo lugar nas pesquisas. (Por Todd Benson)

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