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Marina usa entrevista no JN para reforçar mensagem de união e passar imagem de conciliadora

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, aproveitou entrevista na TV Globo nesta quarta-feira para reforçar sua promessa de que governará unindo o Brasil e tentar desmistificar que seja contrária aos transgênicos e intransigente. Ao ser questionada sobre posições diferentes entre ela e seu candidato a vice, Beto Albuquerque, a ex-senadora afirmou que a "nova política" defendida por ela “sabe trabalhar na diversidade”, tentando passar uma imagem de conciliadora. A pergunta dirigida à presidenciável referia-se em parte à atuação de Albuquerque pela aprovação de medida provisória que autorizou o plantio de soja transgênica no país, ainda no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marina era ministra do Meio Ambiente e se posicionou contrária à proposta. “Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos. Mas isso não é verdade. Sabe o que eu defendia quando eu era ministra do Meio Ambiente? Um modelo de coexistência.”, disse a candidata em entrevista ao Jornal Nacional. Marina também voltou a criticar a polarização entre PT e PSDB, que governam o país há quase 20 anos, utilizando-a como um dos símbolos da velha política. O argumento de que o país precisa de união, aliás, tem sido cada vez mais recorrente em sua campanha. “Infelizmente a política tem sido motivo de apartação, de contenda, da luta do poder pelo poder”, disse. “Para mim, a política deve ser utilizada para unir as pessoas, para que mesmo com interesses diferentes a gente seja capaz de mediar os conflitos e fazer aquilo que é melhor para o povo brasileiro.” A candidata aproveitou para reafirmar que, se eleita, não buscará a reeleição. Confrontada com o fato de que em 2010, quando também foi candidata à Presidência, ficou em terceiro lugar no Acre, sua base eleitoral, Marina disse que "é muito difícil ser profeta em sua própria terra”. “Porque muitas vezes a gente tem que confrontar interesses”, acrescentou. Sobre as denúncias recentemente divulgadas na imprensa que levantam dúvidas sobre a propriedade e financiamento para a compra do avião que caiu matando o então presidenciável do PSB, Eduardo Campos, há duas semanas, Marina defendeu que elas sejam rigorosamente apuradas. “A nossa determinação é de que essas investigações (pela Polícia Federal) sejam feitas com todo o rigor...para que não se cometa uma injustiça com a memória de Eduardo.”

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Por Redação
Atualização:

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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