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Mau tempo interrompe buscas por bimotor no Pará

Por GABRIELA AZEVEDO
Atualização:

Nesta quinta-feira, 20, pela manhã, a Força Aérea Brasileira (FAB) retomou as buscas pelo bimotor desaparecido no Pará, mas ainda há pouco os sobrevoos foram interrompidos devido ao mau tempo, que tem comprometido a visibilidade. Até a tarde de quarta-feira, 19, não havia nenhuma novidade, mesmo com 80% da área estimada já ter sido percorrida. As equipes iriam cobrir 1.165 km inicialmente, mas essa área já foi estendida. A FAB encabeça a operação com duas aeronaves, além de um helicóptero da Polícia Militar do Pará e dois aviões da Jotan Táxi Aéreo, empresa dona do modelo que desapareceu.O sumiço foi notado por volta da 13h da terça-feira, 18, após o último contato do piloto e a acusação dos radares, aproximadamente 29 km à nordeste de Jacareacanga, sudoeste do Pará, de acordo com a FAB. O bimotor levava as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima, funcionários Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde e o piloto Luiz Feltrin de Itaituaba para Jacareacanga, no sudoeste do Estado. Eles iriam substituir outro grupo que prestava serviço em uma aldeia Munduruku, na região.O bimotor modelo Beechcraft BE 58 Baron saiu de Itaituba às 11h40 da terça-feira, mas enfrentou mau tempo. Problema que continua atrapalhado as buscas, segundo informações do Salvaero da Região Amazônica, unidade da FAB que coordena as buscas na Região Norte.ContatoA passageira Rayline Campos conseguiu mandar duas mensagens de texto para o celular do tio Rubélio Santos, que mora em Santarém (PA), minutos antes do desaparecimento. "Tio to em um forte temporal e o motor parou de funcionar. Avisa a mamãe que amo muito todos. To aflita, to em pânico. Se eu sair bem aviso. To perto do Jacaré. Reza por nós. Não avisa a tia ainda", dizia às 12h17. A segunda mensagem, às 12h48, dizia "o motor ta parando. Socorro Socorro Tio Tio".Ela passava cerca de 20 dias trabalhando e 20 dias morando com Rubélio. A família continua sem notícias. "Depois que ela mandou a mensagem, eu liguei para ela. Mas o celular só deu na caixa de mensagens. Aí eu me desesperei e avisei a Infraero daqui. Na verdade, eu continuo ligando, mas não consegui nada", declara o tio. A Jotan Taxi Aéreo informou que ainda não vai se pronunciar sobre o caso.

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